quarta-feira, 1 de maio de 2013

Minicurso de Formação em Educação Ambiental e Elaboração de projetos Socioambientais para Professor@s - Lanssance/MG

Dentre os Programas Ambientais obrigatórios exigidos para o construção da PCH Santa Helena, município de Lassance/MG, desenvolvemos, por intermédio da empresa AS Ambiental, o Programa de Educação Ambiental da PCH Santa Helena. 
O Programa de Educação Ambiental da PCH Santa Helena tem como objetivo fomentar atividades de Educação Ambiental e preparar educadores e comunidade para o planejamento e elaboração de projetos no município Lassance/MG, por meio de um processo participativo, tendo como configuração a Política Nacional da Educação Ambiental. Nesse sentido, as atividades desenvolvidas pelo Programa, especificamente as do Minicurso de Capacitação de Professores em Educação Ambiental e Elaboração de Projetos Socioambientais pretenderam promover a inclusão de Educação Ambiental de forma contínua, diária e sob uma visão crítica e consciente nas escolas participantes do programa.
O Minicurso de Capacitação de Professor@s em Educação Ambiental e Elaboração de Projetos Socioambientais de Lassance/MG foi organizado em dois módulos. O primeiro Módulo de Discussão Temática de 20 horas e o segundo Módulo de Planejamento Participativo e Elaboração de Projetos Socioambientais com 20 horas, totalizando uma Carga Horária de 40 horas. As atividades foram realizadas em auditório cedido pela Secretaria Municipal de Educação. 
Neste primeiro curso, tivemos a satisfação de contar com cerca de 30 Educadores do município, além de Assistentes Sociais e membros da comunidade, que vivenciaram com muito entusiasmo e receptividade as atividades intensivas, realizadas entre os dias 08 e 12 de abril de 2013. Como parte dos resultados alcançados com o minicurso, tivemos a elaboração de quatro projetos que serão desenvolvidos nas escolas e comunidade.
A realização deste curso e o sucesso do mesmo só foram possíveis graças a seriedade do trabalho da empresa AS Ambiental e, sobretudo, graças ao empenho, participação, solidariedade e disposição da equipe de educador@s das escolas Juscelino Rodrigues, Pré-Escola Raio de Luz, Astir Alves Ribas, Ermelinda Gomes Carneiro, Antônio Justiniano de Oliveira, Manoel Sátiro Ribeiro, e dos demais colegas representantes da comunidade de Lassance. 













 


Enorme gratidão pela oportunidade de vivenciar e realizar este trabalho!

Equipe executora: AS Ambiental
Facilitadora: Laura Jaime Ramos

OBS: fotos divulgadas com autorização do grupo!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Romaria das Águas - Ambiente, afeto e representações nas praias do Rio Araguaia/GO



Em um vale encravado no cerrado brasileiro nasce o Berohocy – Grande Rio, as águas sagradas dos povos autóctones Iny, cuja cosmologia ao rio se atribui. Pelos povos não originais, o Berohocy foi batizado de Araguaia – ou rio das araras, e os Iny apelidados de Karajá. Para os Karajá, o Araguaia se configura com um território simbólico, cujos afetos se constroem com o ambiente onde se imprimem as relações do mundo vivido. E também o é para o Estado de Goiás, pois a ele se atribui uma contribuição na ocupação do território goiano, durante as primeiras bandeiras paulistas empreendidas na região. É um elemento natural significativo na formação político-territorial do estado de Goiás, e é também símbolo identitário e cultural para os goianos. Isso porque é o núcleo motivador da mobilidade anual chamada de “temporada dos acampamentos no Araguaia”, cujos atores buscam em suas águas o mesmo afeto sagrado e simbólico que fundamentam a territorialidade Karajá. 
Nas praias fluviais que emergem da dinâmica da seca no rio Araguaia acontece a atividade social de apropriação das praias com a construção de acampamentos. Estes são estruturados de forma abrigar grupos de pessoas, normalmente membros de uma mesma família ou de um mesmo grupo social, por períodos que podem chegar a quatro meses (entre junho e setembro) e ocorrem desde a década de 1940. A formação das margens extensas, a facilidade de acesso por diversos municípios, as belezas cênicas da paisagem local com elementos da fauna e da flora e as águas piscosas são os atrativos que contribuem para a retomada anual dos grupos aos acampamentos.
E esta pesquisa discorre sobre essa dinâmica de mobilidade social dos acampamentos construídos ao longo das praias que emergem no rio Araguaia/GO, sobretudo daqueles localizados no entorno do município de Aruanã/GO , sua dinâmica ambiental e sentidos simbólicos. Tem como tema a análise da apropriação das praias no rio Araguaia/GO, com vistas à compreensão das representações que os atores (acampantes) estabelecem com o ambiente (do rio) e como essa apropriação pode fornecer subsídios para o planejamento ambiental no ordenamento do uso das praias e nas ações de educação ambiental. Nosso objetivo maior nessa pesquisa foi analisar a configuração das representações estabelecidas entre os acampantes e o rio Araguaia, visando entender como estes atores estabelecem seus processos de apropriação ambiental do rio, e como essas relações podem fornecer instrumentos para se pensar o planejamento ambiental da prática cultural do uso das praias do Araguaia. 
O trabalho é composto de duas partes essenciais. A primeira - Aspectos do Ambiente Estrutural da Pesquisa: o rio Araguaia, Políticas Públicas do Turismo e a Apropriação do Ambiente - apresenta os aspectos da apropriação e das representações, a relação com o ambiente na estruturação dos acampamentos e seus atores. Está estruturada em dois capítulos - O rio Araguaia: caracterização do meio e os aspectos históricos da ocupação do vale do Araguaia à perspectiva do turismo; e Comportamento em representação: um diagnóstico ambiental dos acampamentos na temporada das praias no rio Araguaia.
A segunda parte trata do Ambiente simbólico-afetivo da pesquisa: tradição, memória, topofilia, e discorre sobre as relações simbólicas a que propomos na leitura dos acampamentos, na tentativa de compreender os sentidos e representações do rio para seus atores. Está dividida em três capítulos – A Romaria das águas; Memórias fluidas de representações em fala: as narrativas e a relação afetiva dos acamp(am)antes do rio Araguaia; e Um porto à polissemia dos acampamentos do rio Araguaia: contradições, diálogos e síntese. Este último sintetiza as discussões realizadas ao longo do trabalho, propondo ações para o planejamento e a educação ambiental que considerem as relações e representações que os atores constroem, a partir dos acampamentos, para com o rio.
Considerar que os acampamentos no rio Araguaia se constituem como uma prática cultural tradicional, outros sentidos são exigidos para o ordenamento da prática na apropriação do ambiente, respeitando a polissemia a que se configuram as relações entre a sociedade e o Berohocy.


A que conclusões chegamos: a dinâmica dos acampamentos se aproxima em essência, mas de uma prática cultural tradicional do que apenas de uma atividade turística superficial. Isso exige lançar um olhar aos mesmos do ponte de vista culturalista, encarando-os como um patrimônio cultural do povo goiano. Ao Rio Araguaia é necessária uma consideração abrangente no sentido de garantir sua integridade ambiental (ecológica e cultural) - um patrimônio natural brasileiro.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Projeto Aragarças Recicla - formando cooperativa de catadores e central de reciclagem

E a preocupação com o lixo nas cidades continua! Pensando nisso, a equipe de Cuidados Ambientais em parceria com a Bioma Brasil e com recursos da Agência Ambiental de Goiás desenvolveu o projeto Aragarças Recicla. Esse teve como objetivo formar e capacitar os catadores de sucata que trabalhavem no lixão municipal, tirando-os dessa situação degradadora, bem como organizar e estruturar a central de triagem de Aragarças.
Equipe de trabalho: Aurélia Garcia Cavalcante e Patrícia Sahium.
As imagens são registros dos trabalhos, na sequência:

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Uso público, ecoturismo e educação ambiental em Unidades de Conservação da Natureza - Parque Estadual da Serra de Caldas

As Unidades de Conservação da Natureza são áreas instituídas pelo poder público com o objetivo primeiro de conservação e/ou preservação da Natureza, em toda a sua biodiversidade. São áreas naturais protegidas por lei e toda e qualquer atividade que se queira desenvolver ali deve ser restrita àquilo que sua categoria permita e que esteja determinada no plano de manejo, seu documento gestor.
O Estado de Goiás tem centenas de UCs, divididas em diversas categorias, e que possuem grande valor ecológico, paisagístico e turístico, como Parques, Reservas Particulares do Patrimônio Natural, Reservas Ecológicas...
Mas, infelizmente, apesar de poucas delas existirem de fato e de conservação (com a licença do trocadilho :), a grande maioria apenas existem... Não há uma devida delimitação de suas áreas, sem fiscalização e controle de uso e nem sequer possuem o plano de manejo (vê-se Parque Estadual dos Pireneus, em Pirenópolis). Outras até já possuem o plano de manejo e são exploradas pelo ecoturismo, mas o documento gestor estão muito desatualizados e as atividades desenvolvidas não correspondem àquelas permitidas no documento... A casa da mãe Joana!
Esse é o caso do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (é gente, Caldas Novas não é só água quente não!). É uma UC linda, com três trilhas, duas cascatas e diversos pontos de parada para observação da paisagem, que é de tirar o fôlego. Foi criado com intuito de preservar a serra, que é um dos principais repositores da água quente da região (não gente, a água não é quente por causa de vulcão não!).
Infelizmente o potencial para educação ambiental e de ecoturismo da UC é praticamente desprezado. A conservação da biodiversidade dali é feita pelos esforços dos guardas-parque que amam aquele lugar... Fizemos um trabalho de reestruturação para o parque, suas trilhas e uso público, mas o Governo é só aperto de mãos...
Equipe de trabalho para plano de manejo: Laura Jaime Ramos, Patrícia Sahium, Sandro R. Borges. As imagens: Entrada para o parque, Cachoeira do Paredão, Cascatinha, paisagem vista da Serra.

Separação e coleta seletiva de materiais recicláveis - Parceria com a Associação Beija-flor

O consumismo exacerbado é o reflexo da sociedade moderna, sua consequência é desastrosa e amplia-se da esfera individual para a social, ecológica, global...
A quantidade do lixo gerado, principalmente, nas grandes cidades é um dos principais problemas ambientais e um desafio para a gestão pública. A sociedade consome cada vez mais, e cada vez mais descarta ao ambiente as sobras da sua "produção". E sobra para quem? Infelizmente, na maioria das vezes, é a Natureza quem deve dar conta do recado... Mas pode (e deve) sobrar para quem vive de "sobras"! Os catadores de materiais recicláveis são fundamentais para desafogar o ambiente de tanto lixo. Lixo esse que para alguns é motivo de desprezo, para essas pessoas (cidadãos e cidadãs dignísssim@s do nosso respeito) é fonte de trabalho, renda e esperança de uma vida mais honrada.
Nós dos Cuidados Ambientais sabemos dessa importância e damos muita força! Firmamos parceria com diversas empresas e condomínios residenciais. Ali fazemos um trabalho educativo com os geradores do material, explicando a correta maneira de separá-los e acondicioná-los . A associação fica encarregada de fazer a manutenção da separação e coletar o material semanalmente, já que a nossa cidade ainda não conta com coleta seletiva pública. Tudo muito fácil! É só querer!
Os interessados em colaborar podem entrar em contato conosco ou diretamente com a Associação Beija-for, com a Vanuza ou o Ranieri (3534-3014). As outras associações/cooperativas são: Cooprec (3208-4350); Acop/MNCR (Rafael 9932-3415); Coopersol (3524-8618).
As imagens são dos catadores da associação, com a mão na massa! Na ordem: o contêiner de coleta seletiva em um dos condomínios, o trabalho de mobilização da comunidade, a catação com carrinhos e na empresa e a prensagem do material na sede da associação para ser comercializado.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Outros que dizem o que pensamos - poema

Mas se Deus é as flores e as árvores E os montes e o sol e o luar; Então acredito nele, Então acredito nele a toda a hora, E a minha vida é toda uma oração e uma missa, E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos. Mas se Deus é as árvores e as flores E os montes e o luar e o sol, Pra que lhe chamo eu Deus? Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; Porque, se ele se fez, para eu o ver, Sol e luar e flores e árvores e montes, Se ele me aparece como sendo árvores e montes E luar e sol e flores, É que ele quer que eu o conheça Como árvores e montes e flores e luar e sol. E por isso eu obedeço-lhe, (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?), Obedeço-lhe a viver, espontaneamente, Como quem abre os olhos e vê, E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes, E amo-o sem pensar nele, E penso-o vendo e ouvindo, e ando com ele a toda a hora.
O guardador de rebanhos
parte V Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Teatro de fantoches no Projeto Aguação

A Agência Ambiental do Estado de Goiás desenvolve um projeto chamado Aguação com o intuito de revitalizar os mananciais de abastecimentos dos municípios e recuperar suas Áreas de Preservação Permanente.
No município de Barro Alto o projeto foi desenvolvido com os recursos de "compensação ambiental" (que, em termos legais, é válido, mas em termos efetivos de conservação, nem sempre!), pela Angloamerian mineradora e implementado pela empresa Visão Ambiental.
Nós, da equipe dos Cuidados Ambientais, ficamos com uma parte muito prazerosa: a mobilização
e conscientização da comunidade.
Visitamos todas as escolas do município na companhia de um Macaco prego sem teto (ou sem árvore...) muito do atentado!
Teatro de fantoche é sempre muito mágico. São trabalhos que nos enchem de esperança na Educação Ambiental...
As fotos dizem por si. Equipe de trabalho: Laura Jaime Ramos e Patrícia E. Sahuim.